O novo álbum do Stryper, When We Were Kings (2024), traz à tona um dilema interessante. Com mais de quatro décadas de carreira, é natural que uma banda precise encontrar um equilíbrio entre inovar e se manter fiel a suas raízes. Porém, quando se trata de um grupo que definiu parte da história do metal cristão, essa expectativa de inovação pode ser desafiadora.
O lançamento mais recente do Stryper parece representar um ponto baixo em sua trajetória, com faixas que, embora bem produzidas, carecem da energia característica da banda. Enquanto álbuns anteriores, como God Damn Evil (2018), trouxeram vigor e autenticidade, When We Were Kings soa como uma tentativa segura de revisitar fórmulas que nem sempre encontram o mesmo brilho de outrora.
Há, no entanto, algo a ser dito sobre as faixas Loves Symphony e Grateful, que são o destaque em um mar de mesmice. Elas apresentam arranjos que remetem ao melhor do Stryper: riffs bem construídos, vocais empolgantes e uma mensagem positiva. Mas, fora isso, o disco é morno e pouco expressivo, deixando a sensação de que a chama criativa da banda precisa de um novo sopro de inspiração.
Apesar de tudo, é preciso reconhecer o mérito de uma banda que permanece ativa e comprometida em entregar novas músicas a um público leal. Stryper é uma referência e, por mais que When We Were Kings não seja o álbum mais memorável, ele é um testemunho de uma longevidade admirável.
Agora, resta aos fãs aguardar o próximo passo da banda e torcer para que a energia que marcou tantos sucessos volte com força total. Que venha o próximo álbum!