Mesmo não levando a nomenclatura, podemos entender essa segunda parte como um “lado B” do quarto álbum da Lauren Daigle. E como a ideia traz, as últimas faixas lançadas não causam o mesmo impacto que as anteriores – mesmo que estejam bem longe de serem ruins, pelo contrário. A continuação do self-titled é mais morna, desacelerando o ritmo e as cores do projeto.
Se fosse lançado como um disco à parte, talvez não tivesse a mesma força (ainda mais por conter tantos interlúdios). Por isso, transformando em um mega álbum de 23 faixas, elas se diluem com as demais, entregando, ainda assim, um resultado acima da média.
Do ponto de vista mercadológico, estas faixas seriam um bom arsenal de singles para serem lançados até seu próximo álbum, mas visto a intensidade experimental de Daigle, isso certamente seria uma amarra criativa.
Mesmo que possa cansar alguns ouvintes, a obra completa é um grande salto de amadurecimento artístico, mostrando que da sua fonte ainda há muito para jorrar e inovar. O disco é uma grande resposta para a indústria gospel dos EUA (e mundial), provando que é mais que possível produzir música criativa e relevante que extrapola as fronteiras do nicho, sem negociar seus valores.