Tenho uma relação de profunda emoção com a Jars of Clay. Assim como para muita gente, o som desses caras acompanhou diversos momentos da minha vida. A cada novo álbum, novos experimentos musicais que marcaram lembranças (sejam elas boas ou não tão boas assim).
Desde 2013 sem lançar disco, os caras têm deixado os fãs numa secura sem precedentes. Mas as tradicionais reuniões para turnês natalinas (como a que está rolando agora) continuam existindo e mantêm viva a chama da esperança por novidades.
Nesses 25 anos de estrada, a banda produziu uma enxurrada de clássicos. O que falar de “Flood”, “Liquid”, “Love Song for a Savior”, “Like a Child”, “Dead Man”, “Work”, “Shelter” e tantos outros hits? Cada uma com uma poesia, crítica ou louvor peculiar, a Jars of Clay construiu um legado que justifica, sem dúvidas, seu lugar de referência na música cristã contemporânea.
Dentre as várias excelentes opções, a que mais mexeu comigo foi “Worlds Apart” conhecida através do DVD 11Live: Jars of Clay In Concert, de 2002. Lembro bem que assistia ao show legendado, curtindo numa boa, quando essa faixa tocou. A emocionante interpretação do Dan Haseltine somente não superou o teor da faixa que se apresenta como uma dramática oração de confissão.
Eu vejo além da cruz vazia
esquecendo o preço que custou a minha vida,
e limpo as manchas vermelhas,
e tristemente olhas os pregos que sobraram.
Mais e mais eu preciso de você.
Eu te devo mais a cada hora que passa nessa
batalha entre graça e orgulho.
Eu desisti não faz muito tempo,
então tome meu coração e leve a minha dor,
lave meu pés e limpe meu orgulho.
Tire o egoismo, tire o fracasso
e tudo aquilo que não posso esconder.
Tire a beleza, tire minhas lágrimas,
o coração inundado de pecado e faça-o ser seu.
Desmonte todo o meu mundo,
desmonte agora, agora,
E sirva aqueles que me desprezam
Fale as palavras que eu não posso negar,
Assista o mundo que eu costumava amar
virar poeira e ser jogado fora
Eu vejo além da cruz vazia
esquecendo o preço que custou a minha vida,
e limpo as manchas vermelhas,
e tristemente olhas os pregos que sobraram.
então tome meu coração e leve a minha dor,
Tire o egoismo, tire o fracasso
e tudo aquilo que não posso esconder.
Tire a beleza, tire minhas lágrimas,
Desmonte o meu mundo, desmonte o meu mundo
Eu oro, e eu oro, e eu oro
Desmonte o meu mundo.
Para mim, essa não é apenas a masterpiece da Jars of Clay, como uma das melhores canções produzidas no meio cristão.