#Top20: Os melhores clipes de todos os tempos

Por algum motivo eu me enrolo pra escrever esse post há muito tempo. Como selecionar os 10 melhores clipes de todos os tempos (da última semana) pra fazer uma lista como essa? O fato é que não é fácil pra alguém que vive com música, que ama fotografia e cinema, olhar para essas produções incríveis e ter que me decidir por somente 10 delas. Então resolvi o problema escolhendo não 10, mas 20 vídeos musicais e nosso top 10 dessa semana acabou virando um top 20. É uma exceção, não se acostumem. 😉

Priorizei os vídeos que, de alguma forma, me chamaram a atenção muito mais pelo aspecto visual do que pela música em si. Tentei ao máximo não só escolher as músicas que eu gosto de ouvir, colocando na lista inclusive coisas que eu não escuto normalmente, mas que pelo vídeo, vale a pena ver. Cada um tem seu próprio motivo para estar na lista e todos estão bem explicados. Vamos à lista? Os melhores clipes de todos os tempos!

[box type=”shadow”]

#20 NEEDTOBREATHE – Shine On

NEEDTOBREATHE é uma daquelas bandas que eu conheci e nunca mais parei de ouvir. Acredito que escuto os caras desde que lançaram o primeiro álbum, o “Daylight”. Produzido pela própria banda em 2006, o vídeo de “Shine On” teve um custo total de 183 dólares. Ou seja, praticamente de graça, comparado aos valores gastos com esse tipo de produção hoje em dia. O que me chama muito a atenção nesse vídeo é a forma simples como os caras driblaram a falta de recursos para fazer os “efeitos especiais”. Pra mim, uma sacada genial que os fez entrar no rol dos melhores vídeos musicais de todos os tempos.[/box]

[box type=”shadow”]

#19 Fresno – Infinito

Não sou fã dos caras, confesso. Aliás, muito pouco de produção em vídeo da música nacional realmente me chama a atenção e, se tratando de qualidade técnica, menos ainda. Mas os caras do Fresno se salvam nesse quesito. Não posso questionar que os caras tem boa produção e conseguem fazer um som com qualidade internacional. Tanto que alguns amigos meus que não são do Brasil, curtem o som dos caras. Mas aqui vou me ater a falar do vídeo: e ele também é bom. A produção é excelente, com bom roteiro e os caras tiveram um bom apoio técnico, pra fazer cenas como as filmadas na estratosfera, e os efeitos visuais.[/box]

[box type=”shadow”]

#18 Stromae – Papaoutai

Meu conhecimento é bem limitado quando se trata de artistas europeus. Ainda mais quando se trata de outro estilo muscial que não o que eu tenho costume de ouvir. Mas quando o cara é bom, ele fica realmente em evidência. E quando o clipe é bom, aí não tem como dizer que nunca viu. Esse é o caso aqui. O artista belga Stromae tem feito bastante barulho por aí recentemente e esse vídeo não deixa por menos: uma excelente produção, com uma música contagiante e uma interpretação incrível, tanto do artista quanto do garoto que faz seu filho. Um roteiro bem simples, na verdade, mas muito bem executado.[/box]

[box type=”shadow”]

#17 TÓPAZ – Se For Pra Tudo Dar Errado

Mais uma nacional, pra não dizer que só se faz coisa boa lá fora. Aqui, o que mais chama a atenção é o bom roteiro que os gaúchos da banda TÓPAZ conseguiram encaixar na música. A história fictícia de um jovem que passa por um doloroso processo de estar em fase terminal de câncer e ser “resgatado” pelos amigos ficou muito bem interpretado e deu não só vida à letra, como todo um sentimentalismo. Destaquepro vocalista Cris Möller que interpretou o amigo doente e para todos os demais que realmente vestiram a camisa e toparam (ham, ham, trocadilho) raspar a cabeça.[/box]

[box type=”shadow”]

#16 Coldplay – The Scientist

A grande sacada do Coldplay de um vídeo de trás pra frente, na época, foi genial. Depois, muito acabaram copiando essa mesma ideia e reproduzindo em vídeos talvez até mais criativos do que o de “The Scientist”. Mas o vídeo do Coldplay acabou se tornando um ícone da produção de clipes não só pela sua audacidade, mas pela qualidade técnica da produção e pelos cenários que são peças importantes na construção do vídeo. A sincronia perfeita da música com o movimento labial de Chris Martin também é destaque desse vídeo.[/box]

[box type=”shadow”]

#15 Oficina G3 – Confiar

De todas as bandas de rock do cenário religioso brasileiro, o Oficina G3 talvez seja a de maior fã clube. Porém, a produtora dos caras, a MK Music, nunca investiu de fato nos caras, sempre concentrando suas atenções nos cantores mais pops. Mas agora isso mudou. Até porque a banda sofria forte pressão para abandonar a gravadora e se filiar à Sony Music Gospel, como outros artistas do meio têm feito. E para mostrar que está levando mesmo a sério o G3, a MK investiu pesado na produção do clipe de “Confiar”. Com direito a produção internacional, carro capotando, tiroteio e atores que não a própria banda (sim, isso é muito pra MK), o vídeo realmente ficou digno e provavelmente é a melhor produção de uma banda cristã até hoje no Brasil.[/box]

[box type=”shadow”]

#14 Leonardo Gonçalves – Novo

Se como banda, o vídeo do Oficina pode ser considerado o melhor, o vídeo de “Novo” leva o mesmo prêmio como artista solo. Nenhuma outra produção pra um cantor ou cantora cristãos teve qualidade tão boa quanto essa da Sony Music para o Leonardo Gonçalves. Além de um visual deslumbrante, a edição, montagem e cenários ficaram demais. Uma música bem intimista que cresce com um refrão forte, com imagens equivalentes em força.[/box]

[box type=”shadow”]

#13 Switchfoot – Happy Is a Yuppie Word / Stars

 

É meio óbvio que Switchfoot estará nessa lista mais de uma vez. E pra começar, eles já entram com dois vídeos. Isso porque os dois são muito parecidos. Os clipes tem a mesma premissa: um enorme tanque com a banda dentro dele (de verdade), mas uma excelente montagem de um grande galpão que faz parecer que na verdade se trata de um ambiente sem gravidade. Cenas muito bem feitas e com uma bela iluminação a tira-colo. Detalhe para as cenas em que a água está voltando, pingando da guitarra ou passando pelos pés dos músicos e também para cena em que Chad solta as baquetas dentro da água e as pega de volta para bater nos pratos (que pra mim é uma das melhores cenas dos vídeos). Ele foi filmado dentro dos estúdios da Universal, no mesmo tanque utilizado em algumas cenas do filme Alien. A banda também gravou ambos os vídeos no mesmo dia, totalizando mais de 17 horas de gravação no tanque. “HIAYW” deveria ser o primeiro single do álbum “Nothing Is Sound”, mas no final da edição, a produtora resolveu lançar “Stars” como primeiro single e engavetar o outro vídeo, que só apareceu na internet algum tempo depois e geralmente só é mais conhecido pelos fãs mais fervorosos dos caras.[/box]

[box type=”shadow”]

#12 Switchfoot – Love Alone Is Worth The Fight

Sim, é mais um do Switchfoot. Mas tá, porque esse vídeo está na lista? Ele não tem manda demais… Ah, meu amigo, tem sim! Não é pela música, pela banda, ou pelo roteiro. Nem mesmo a computação gráfica. O que me chama a atenção nesse vídeo são as imagens. O vídeo é baseado em “Fading West”, um documentário sobre a banda californiana filmado durante sua turnê mundial em 2012 (e também o nome do álbum lançado em 2014 pela banda, que inclui a música “Love Alone Is Worth The Fight”). As imagens falam por si só, retratando aquilo que seria o hobby dos músicos do Switchfoot (que é levado bem a sério por alguns deles) que mistura surfar e viajar. As cenas são lindíssimas e retratam praias paradisíacas ao redor do mundo. A compilação das imagens ao som da canção é alucinante, pra não dizer hipnótico. Tudo muito bem editado e com cortes em pontos cruciais acompanhando as subidas da música.[/box]

[box type=”shadow”]

#11 30 Seconds To Mars – From Yesterday

Tenho lá meu pé atrás com o 30 Seconds To Mars. Algumas vezes acho os caras meio bizarros, outras acho eles geniais. É fato que existe uma certa idolatria pela banda e, principalmente, pelo vocalista Jared Leto. Mas também é fato que quando se trata de produção de clipes, os caras sempre ganham a atenção da mídia. E mais uma vez os caras encaixaram uma superprodução com um single que arrebentou por aí. “From Yesterday” coloca os caras da banda como peças de uma comemoração “estranha” do aniversário de um jovem imperador chinês. E aqui, mais uma vez, os músicos se saem muito bem. Muito graças ao talento do vocalista que também é ator (inclusive ganhador de Oscar).[/box]

[box type=”shadow”]

#10 TobyMac – Gone

Talvez dessa lista, esse seja o vídeo mais antigo. E ainda sim, é um dos meus preferidos. Claro que também por eu curtir muito o som do TobyMac, mas a produção aqui também é demais. A ideia do vídeo é parecer que ele foi feito em apenas um take, o que eu sinceramente não acredito muito. Mas os cortes são muito bem feitos, as junções de cenas e etc. Grande sacada de produção que conseguiu mostrar duas ou mais coisas distintas, e ligá-las não só pelo roteiro, mas pelas próprias cenas.[/box]

[box type=”shadow”]

#9 Oren Lavie – Her Morning Elegance

Oren Lavie é um artista do qual eu nunca tinha ouvido falar até ver esse vídeo. E, na verdade, sequer se tornou alguém que eu costumo acompanhar. Mas é fato que o vídeo de “Her Morning Elegance” é genial por vários motivos. O stop motion nunca foi uma ideia inovadora, já que o própria conceito de um vídeo é uma sequência de fotos em alta velocidade. A sacada aqui foi que a ideia do stop motion se misturou à uma genial ideia de cenário e do quanto o mundo dos sonhos pode ser bem explorado visualmente. Mas o grande detalhe dessa produção, na minha opinião, foi fazer tudo isso usando apenas elementos do quarto de qualquer um, usufruindo da simplicidade do ambiente.[/box]

[box type=”shadow”]

#8 Linkin Park – Castle of Glass

Apesar de não ser muito fã de vídeos musicais que misturam cenas de filmes ou jogos, tenho que abrir uma exceção para “Castle of Glass”. Produzido muito mais para promover o jogo “Medal of Honor” do que propriamente para ser um vídeo da banda, o vídeo acaba sendo excelente na segunda opção. Não é segredo que essa é uma das minhas bandas favoritas. E também não é segredo que os caras do Linkin Park sempre foram muito bons em fazer vídeos de suas músicas e alçá-las aos primeiros lugares de visualização com frequência. Foi assim com “In the End”, “Points of Authority”, “Faint”, “New Divide” e tantos outros. Além da parte musical, os vídeos são sempre muito bem produzidos, utilizando o que há de melhor da tecnologia de gravação, edição e etc. E não é diferente nesse caso. Mas muito mais que isso, esse vídeo tem um ótimo roteiro, digno de uma produção de Hollywood, no qual se baseia toda a estrutura do clipe. Inclusive serve de suporte para a letra da música e para a genial sacada do vidro se quebrando e criando algumas das melhores cenas de computação gráfica em vídeos musicais.[/box]

[box type=”shadow”]

#7 Family Force 5 – Cray Button

Se você assistiu ao vídeo antes de ler esse comentário deve estar se perguntando “que insanidade é essa?”… Pois bem, assim como em todos os seus clipes, os caras do Family Force 5 não economizam na loucura e beiram ao ridículo várias e várias vezes. Mas é isso que os fazem tão sensacionais. Além de não ter medo de ser ridículos, os caras ainda ousam em fazer um vídeo com essas proporções e usando os próprios fãs como “cobaias” desses experimentos insanos. Em “Cray Button”, as equipes rivais são formadas pelos fãs conclamados a participar da produção e conta até com uma bem famosa vlogger americana (Meekakitty), fã assumida da banda. Mas pense no quanto isso é genial: gravar um vídeo da sua banda favorita, contracenar com seus ídolos e, ainda por cima, se sujar num enorme lago de pura lama enquanto participa de uma espécie de enduro. Coisas que só o FF5 consegue proporcionar. A produção do vídeo é excelente, ele é divertido, criativo e os momentos clímax são extremamente bem aproveitados com bons closes e com as cenas em slow motion.[/box]

[box type=”shadow”]

#6 Mutemath – Blood Pressure

Dentre todos os vídeos do Mutemath que eu poderia escolher (porque a maioria deles é genial), eu quis destacar o mais original. Ah, mas sto pmotion não é original. Ok, meu caro leitor. Mas faça um stop motion como esse e nós elevamos o nível do que é fazer um stop motion. O empenho dos caras, as diversas cenas divertidas entre montar e desmontar a bateria centenas de vezes, o destaque individual para cada membro da banda… Tudo nesse vídeo coopera para que ele seja um grande clipe.[/box]

[box type=”shadow”]

#5 Sia – Chandelier

O que dizer de um vídeo com mais de 200 milhões de visualizações no YouTube? Popular? Genial? Talvez. E nesse vídeo, ambas as coisas são verdade. Sia Furler é uma cantora australiana que anda explodindo nas rádios de todo o mundo com singles pop bem viciantes. Mas o destaque aqui não é pra cantora, mas pra dançarina Maddie Ziegler, de apenas 11 anos de idade. O foco está totalmente nela e na sua dança contemporânea, de movimentos bruscos e bizarros. Com takes bem simples e um roteiro ainda mais simples, o vídeo consegue captar toda a emoção da dançarina, mesmo em trechos em que somente a parte facial de Maddie está em foco. O vídeo já tem sido considerado por muitos como o melhor do ano e, claro, teria de estar aqui entre os melhores dos melhores.[/box]

[box type=”shadow”]

#4 Linkin Park – Until It’s Gone

Além de seus outros excelentes vídeos, os caras do Linkin Park sempre me surpreendem por desempenharem papéis além de serem os músicos da banda. Além de Mike Shinoda, que é designer e participa diretamente das concepções de arte da banda (como capas dos álbuns e até mesmo do layout do site da banda), o fabuloso Joe Hahn também é um dos que manda bem em outras áreas. Mr. Hahn, como também é chamado, já trabalhou até em produções como a série Arquivo X, e muitas vezes dirige os clipes da banda. É o caso aqui com “Until It’s Gone”. Nesta produção, Hahn abordou outra sacada, deixou de lado os efeitos muito elaborados dos outros vídeos do Linkin Park e simplificou com uma técnica que vem ganhando muita força na fotografia: a dupla exposição. Também não se trata de uma novidade, mas em vídeo, nunca havia visto algo dessa forma, com essa qualidade. As diversas cenas em que a silhueta dos músicos da banda é preenchida por outras cenas e isso mostra o enredo do vídeo, ficou sensacional. A melhor produção da banda até então.[/box]

[box type=”shadow”]

#3 Switchfoot – We Are One Tonight

Esse era um vídeo que eu tinha certeza absoluta que estaria aqui. Sempre fui fã desse vídeo e de como os caras do Switchfoot fazem papéis dentro do próprio vídeo de forma meio “anônima”. Claro que gostar da banda e da música também influenciaram bastante nessa decisão, mas o vídeo em si é demais. O grande destaque pra mim aqui é a montagem. O trabalho é incrível e a forma como as cenas se encaixam perfeitamente sempre me deixa boquiaberto. Eu sempre revejo o vídeo e fico pensando em como os caras pensaram nessas montagens tão perfeitas. Sem contas que há diversas cenas engraçadas no vídeo.[/box]

[box type=”shadow”]

#2 OK Go – The Writing’s On the Wall

Eu também nunca fui muito de escutar OK Go, mas sempre vejo os vídeos dos caras, pois sempre são grande sacadas. Se tem uma coisa na qual eles realmente são bons, é em fazer vídeos musicais. E não é diferente com “The Writing’s On The Wall”. O lance desse vídeo é utilizar a ideia de um único take, ou seja, uma gravação inteira sem cortes. Algo não muito inovador, mas que está ganhando grande destaque ultimamente. Mas aí os caras fazem o truque de mestre de misturar essa ideia com a ideia da ilusão de ótica causada pelo posicionamento certeiro da câmera em ângulos que fazem a própria perspectiva dos objetos confundir nosso cérebro. Comum em fotos, eu nunca tinha visto essa ideia ser utilizada em vídeos.[/box]

[box type=”shadow”]

#1 Walk off the Earth – Red Hands

Sabe aqueles caras que ficaram famosos com o vídeo de cinco pessoas tocando “Somebody That I Used to Know” no mesmo violão? Bom, se não conhece, te digo que apesar da fama ser por outro vídeo, é esse aqui o mais espetacular da banda. E não só isso, “Red Hands” é pra mim o vídeo musical mais espetacular de todos os tempos. E novamente, não é pela música ou pela banda, mas pela sacada genial que envolve essa produção. É mais um vídeo daqueles feitos em apenas uma gravação sem cortes, só que com uma edição que o faz parecer não ser one take. Sim, propositalmente eu coloquei aí em cima o vídeo sem edição, mas aqui abaixo você pode assistir o vídeo editado e perceber o quão genial ele é:

Incrível como a produção utilizou uma tremenda artimanha de gravar o vídeo em partes, de uma só vez, mas de forma que, ao ser editado, ele parecesse ser um vídeo com várias gravações. Mas é possível perceber nas idas e vindas da câmera que se trata de uma coisa só.[/box]

Não foi fácil separar somente esses vídeos, confesso. Muitos outros estavam na relação inicial e, à medida que ia peneirando, sentia que estava deixando algo importante de fora. Mas eram muitos. Pra não ser de todo injusto, claro, abro esse espaço para você comentar e sugerir seus próprios vídeos.