2017 foi o ano da explosão do reggaeton no Brasil e também teve a galera teen descobrindo o universo hallyu. O acesso às plataformas via streaming tornou-se realidade. A era do “baixar coisas” da qual eu achava uma das maiores revoluções da internet ganhou uma vibe cansativa. A produção física já aparenta ser ultrapassada. Mesmo com o retorno do vinil, isso ficou para o perfil mais “cult” dos admiradores da música. Já o número de visualizações no Youtube também criou uma certa relevância e statos para quem quer ganhar o sol no universo musical. Ainda me sinto perdido nisso tudo. Mesmo sendo jovem parece que sou um vovô nesse universo cibernético. Nessa minha crise pessoal das revoluções digitais deixo aqui a minha playlist com as coisas que me chamou atenção durante esse ano louco.
Jaci Velasquez passou um tempo sem administrar a carreira para dedicar-se à vida pessoal. Durante esse período ela teve que lidar com o autismo do filho da qual mergulhou fundo a respeito. E, é sobre isso o tema da sua volta: God Who Moves The Mountains (Deus é quem move as montanhas). Um belo retorno com uma bela canção espiritual.
Eu não sei se em algum momento nós do AM já comentamos algo sobre Tasha Cobbs Leonard. A cantora americana vem se destacando a bastante tempo na cena gospel fazendo uma mistura interessante do congregacional com uma pegada mais black. Quase uma versão feminina do Israel Houghton. Em 2017, ela lançou uma música que tocou bastante em seu pais e teve como participação inusitada da Nicki Minaj.
Mais uma vez a conferencia Passion reuniu os melhores cantores internacionais para lançar um álbum maravilhoso em 2017. Nomes como Chris Tomlin, Crowder, Hillsong United entre outros, embalam um disco ao vivo cercado de espiritualidade.
2017 marca o lançamento de mais um trabalho da banda RED. “Gone” é um disco energético e contém batidas mais eletrônicas em algumas faixas, o que deixa o som pesado diferente de tudo o que eu já tinha escutado deles.
“Play Dead” marca o retorno da banda Mutemath. Para alguns o disco não foi tão bom assim e para outros marcou uma nova fase deles. Eu particularmente penso que nos tempo da qual vivemos o som “indie” anda respirando por meio de aparelhos. Porque hoje para sobreviver nessa era de mídias sociais tudo precisa soar meio igual do mesmo jeito que deu certo com alguém. Ou seja, quem opta por fazer algo mais louco ou experimental precisa ser corajoso e audacioso. Bandas assim estão ficando cada vez mais raras e tendo dificuldades para se destacar. Por isso, eu não poderia deixá-los de fora.
Colony House também provou que é capaz de manter fidelidade ao som que os cativa a fazer. “Only The Lonely” conseguiu suprir as minhas expectativas e com toda certeza tornou-se aqueles discos queridinhos do coração. Realmente, os caras mandaram bem nas faixas e na produção dos clipes. Vale a pena escutar com muita atenção todas as faixas do álbum.
A líder do Jesus Culture também lançou disco solo em 2017. Dona de uma voz particular, a moça trouxe mais um disco espiritual igualzinho aos outros que ela já fez. Inclusive, esse álbum poderia ser mais um lançado pelo próprio Jesus Culture, pois os últimos trabalhos solos dela não tem tido tantas diferenças. Mas, mesmo assim, o disco não deixa de ser bom para ouvir.
Hillsong Worship trouxe uma grande surpresa: o retorno da Brooke Fraser ao grupo. Com o sucesso do disco “Let there be light”, em 2017 o grupo de louvor lançou o EP “What A Beautiful Name” da qual colocou várias versões da canção como acústico, eletrônico. Além disso, a faixa acabou de receber mais de 100 milhões de visualizações no YouTube. Ou seja, mais uma prova da popularidade da Hillsong, e claro, da própria Brooke Fraser.
O cantor Lecrae veio com o sucesso “I’ll Find You” com a participação da Tori Kelly. A letra é bacana, o clipe chama atenção, e com isso, é uma porta para ouvir “All Things Work Together”.
Com toda certeza, o som que mais me agradou e deixou 2017 feliz tem nome e se chama: Rend Collective. Sim, o grupo da vibe Folk apresentou o single “Rescuer (Good News)” e literalmente abençoou o ano com esse belo presente. Por isso, o primeiro lugar é deles. Muito obrigado, Rend Collective.
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