Ao contrário do que muitos costumam pensar, esse é o segundo álbum ao vivo da Oficina G3 e não o primeiro. Em 1990, sem nenhum álbum lançado ainda, a banda apareceu no mercado com o álbum “Ao Vivo”, distribuído pela Gospel Records. Pouca gente conhece esse primeiro trabalho da banda, e acabam atribuindo o título de “Primeiro Álbum” ao seu sucessor “Nada É Tão Novo, Nada É Tão Velho” de 1993.
O álbum “Acústico Ao Vivo” de 1999 marca de vez a chegada do novo vocalista, PG, que entrou no lugar do Luciano Manga que saiu após o clássico “Indiferença”, e é também o último álbum da banda pela Gospel Records. O Show que deu origem à esse trabalho aconteceu na casa de shows Olympia em São Paulo. O repertório é composto por músicas dos trabalhos anteriores, principalmente do trabalho anterior a esse que foi o “Acústico”, álbum de estreia do PG, gravado em estúdio.
PG como novo vocalista não teve muito trabalho para conquistar o seu lugar na banda já que os dois primeiros trabalhos com ele como vocalista não contaram com composições suas, com exceção da música “Autor da Vida”. Sendo assim ele acabou conquistando temporariamente a simpatia de quase todos os fãs da banda, simpatia essa que ele perderia no fotogênico “O Tempo”, álbum que contou efetivamente com composições dele. Mas isso é uma questão para outro post, pois por incrível que pareça, muitos acabaram gostando do PG, muitos só conheceram a banda depois de sua entrada, então é uma questão difícil e que divide famílias e acaba com amizades nesse país afora, vamos falar do que realmente estamos aqui para falar, do álbum “Acústico Ao Vivo”.
Esse trabalho trás aquilo de que falei no primeiro post dessa série com muita clareza. As músicas foram praticamente reescritas, novos arranjos, uma nova interpretação, uma produção artística de botar inveja em muitos trabalhos seculares por ai, casa lotada e toda a energia da banda em palco transmitida para o registro do show, tudo que poderíamos esperar de um bom álbum ao vivo. E por se tratar de um álbum acústico, eles abusaram de recursos de percussão, cordas e piano. Musicalmente falando, é um trabalho marcou a história do rock cristão no Brasil. Muitas das músicas que estão nesse álbum são até hoje clássicos da banda e são faixas obrigatórias no set-list de qualquer fã que se preze.
Destaque para as versões acústicas de “Davi”, “Espelhos Mágicos”, “Magia Alguma”, “Indiferença” e para o solo de bateria e percussão onde o Walter Lopes mostra porque é um dos maiores bateras do rock nacional.
Set-list do show:
- “Cante”
- “Indiferença”
- “Profecias”
- “Deus Eterno”,
- “Quem”
- “Magia Alguma”
- “Mi Pastor”
- “Pirou”
- “Novos Céus”
- “Naves Imperiais”
- “Davi”
- “Solos”
- “Espelhos Mágicos”
- “Autor da Vida”
- “Más que Vencedores”
- “Bônus”