TBT: Chegamos ao décimo aniversário de Estante da Vida

Enquanto também ganho especialidade em escrever sobre álbuns que completam uma década de aniversário nesse ano atípico de 2018, dentro de mim cresce um sentimento muito bacana de gratidão. Gratidão em observar que a música sempre me acompanhou de alguma forma e que ela continuará me acompanhando em outras fases futuras da minha nada mole vida.

E talvez eu quero falar sobre fases hoje. Minhas fases. Suas fases. Nossas fases. Para isso, inclusive, leia esse texto ouvindo a canção Mulher de Fases, do Raimundos, que deixarei disponível abaixo:

Brincadeira.

Mas não existe meio termo se tratando disso. A música acompanha essas fases loucas da nossa jornada com maestria. E na minha jornada pessoal eu destaco a fase deliciosa do que os mais pentecostais nomeiam de “Primeiro Amor”. Mesmo não gostando muito desses jargões, não há talvez outra maneira de nomear quando, após a sua conversão, a única coisa que você consegue contemplar é a beleza de Cristo. E Estante da Vida me acompanhou nisso.

A pegada brit rock que já tinha iniciado em Andando na Luz veio com mais roupagem nesse disco, mesclando com as baladas worship que já haviam nos conquistado desde “Jesus é o Caminho”. Minhas prediletas também acompanharam as fases: comecei com “Estante da Vida”, parti para “Descanso”, terminei o ano com “Teu Fluir é Melhor” e uns anos atrás estava na companhia de “Me Deste A Vida”.

Eu. Eu, eu mesmo e Irene. O anti-worship da galera como tanto frisei que sou em várias postagens por aqui. E por fim, encontro-me comemorando esse álbum que eu tanto gosto. 

Em minha singela opinião, Estante da Vida foi um divisor de águas na carreira de Heloísa. Uma verdadeira materialização de amadurecimento musical e de identidade de estilo. O brit-rock com nunca caíra tão bem com o worship, tornando as canções introspectivas e ao mesmo tempo convidativas à qualquer ser humano; tendo uma linguagem quase universal. “Vaidade” é o tipo de canção que todo mundo, em todo fase da vida, pode cantar.

Uma pena que os trabalhos subsequentes não tenham me tocado tanto, já que é tão difícil assim que eu preste atenção nesse tipo de abordagem musical. Mas não vamos entrar nesse mérito. Acredito que eu vá escutar o disco todo mais uma vez.