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Dia do Frevo

Frevo: o estilo musical esquecido pela igreja

Quase inexistente no meio cristão, o frevo é uma das mais ricas produções culturais do Brasil. Da fervura das ruas, o frevo também é resistência. Muito mais que carnaval, ele traz na sua essência inúmeras críticas sociais e políticas. No instrumento, no canto ou na dança do passista, o frevo traz uma complexidade cultural singular. Quem já presenciou sua passagem nas ruas, compreende melhor que não se trata apenas de música.

Capiba, Alceu, J.Michiles, Spok, Maestro Forró, e tantos outros mestres que misturaram o maxixe, a capoeira, a marcha, a polca, a quadrilha e uma infinidade de outros estilos entregando um som tão original e vibrante que é praticamente impossível não se deixar contagiar. Quem não conhece, vale a pena pesquisar as suas variações: de rua, canção e de bloco. Cada uma com sua características, todas inconfundíveis.


Uma das músicas mais tradicionais do Carnaval pernambucano, Madeira que cupim não rói foi composta por Capiba, em 1963. (Eduardo Amorim)
https://youtu.be/muo6fW2fnwQ
Spok explica os tipos de frevo e os executa.
Alceu Valença, um dos grandes ícones do frevo ainda em atividade.
Maestro Forró é um dos que reinventam o frevo de maneira brilhante.

No dia que se relembra a primeira vez que a palavra frevo apareceu em um jornal, meu desejo é que um dia a igreja abra seus ouvidos para esse patrimônio imaterial da humanidade.