Coração de Cemitério: o que precisa ser ressuscitado em você?

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Esse devocional é inspirado na música The Heart of a Graveyard da banda Demon Hunter.

Semana passada vivemos a “trilogia da Páscoa”: a Sexta-Feira Santa, o Sábado de Aleluia e, finalmente, o Domingo de Páscoa. Tudo começou com a crucificação e morte de Jesus e concluiu com nosso Rei não permanecendo preso ao túmulo, mas ressuscitando em glória.

Quando pensamos em nossas vidas, percebemos que elas vão muito além do que temos aqui no plano terrestre. É superficial demais acreditar que tudo se resume a nascer, ajuntar tesouros, realizar alguns feitos e, enfim, morrer.

Antes de qualquer coisa, não existe riqueza maior do que a história que construímos e deixamos marcada na vida das pessoas. Qual legado estamos deixando: o de alguém que fez diferença ou apenas o de quem acumulou posses que a traça e a ferrugem corroem? (Mateus 6.19-21). Isso, de forma alguma, é uma crítica a quem busca uma vida confortável — mas sim um alerta para que esse não seja o único objetivo.

Nossa vida não está limitada ao que vivemos aqui na terra. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou dentre os mortos, por que não haveríamos de crer em uma vida pós-morte? Nossa existência não é um tiro no escuro, como se tudo terminasse ao sermos colocados “seis pés abaixo”. Temos uma promessa que vai além da morte.

‘Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará pelo seu poder.’
1Coríntios 6:14 (NAA)

Cristo está vivo! E você? Como está seu coração? É um “coração de cemitério” — vivendo, mas por dentro como se estivesse morto? Ou um coração que reconhece e agradece a redenção recebida por meio do sacrifício na cruz? O que precisa ser ressuscitado dentro de você? Quais áreas da sua vida estão como um túmulo?

Se vivemos com medo da morte, talvez não estejamos vivendo de verdade. Mas se cremos na ressurreição, vivemos com a coragem de quem sabe que a morte não é o fim. Vivemos com propósito, com esperança, e com o coração cheio de vida — mesmo que seja no meio de um cemitério.

Na última Páscoa, lembramos que Cristo venceu a morte. Que essa lembrança não se limite ao período pascal, mas esteja presente diariamente em nossas vidas. Que não haja ansiedade sobre a morte, mas sim a certeza de que, em Cristo, a nossa história não termina no túmulo. Ela apenas começa de novo — com vida eterna.

‘Então Jesus declarou: — Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.’
João 11:25 (NAA)