Você já passou pela experiência de estar na faculdade ou estar recém formado e não saber qual rumo sua vida irá tomar? Pois bem, se você compartilha ou já compartilhou desse sentimento, sabe que isso é uma fase na vida de todo graduando que nos faz criar alguns fantasminhas na mente e, junto à pressão do dia a dia com relação à ascensão social, profissional e pessoal, torna o Omeprazol um dos melhores amigos dessa juventude atual. “Mas o que isso tem a ver com o Virginia Man, Gans?”
Em suma, nada. Talvez a relação mais evidente seja o fato do pessoal da Virginia Man ser uma college band que resolveu, como muitos casos que já vimos, fazer música e descobriram isso como a verdadeira vocação e vontade de vida. É mais ou menos como acontece conosco, pois no fundo e no íntimo sabemos o que realmente queremos, só que os fantasmas falam mais que o racional. Felizes aqueles que vão adiante, mesmo que isso seja ser formado em História e trabalhar com Publicidade!
Depois dessa mini crônica em forma de introdução à indicação de hoje, essa galera da Virginia já foi pincelada por aqui no top 10 de lançamentos internacionais de 2017 que você pode conferir aqui. E como já está ficando muito repetitivo os meus relatos sobre como eu acabo encontrando essas bandas, dessa vez eu vou deixar passar.
Classificar uma banda é bem difícil, principalmente porque vivemos uma época onde tudo que “não consegue ser classificado” vira alternativo. Aliás, alternativo é um termo da década passada. Hoje o “Indie is the new Alternativo”, onde qualquer banda que ousa misturar ou não se encaixa em nenhuma vertente padronizada, está automaticamente inserida na tag Indie (de forma errônea), mesmo o indie sendo uma categoria de sonoridade com muita personalidade.
É interessante como a música sulista dos Estados Unidos é bem rica e diversificada entre estilos e performances. Mas podemos dizer que o country acaba tendo uma grande influência por lá, ou sendo a base inicial de vários outros artistas de outras vertentes. Vou usar um exemplo bem maisntream: mesmo que hoje a cantora Miley Cyrus esteja em uma pegada muito mais pop, é nítido ver que o seu timbre vocal tem um enorme viés do estilo. E arrisco dizer que fica bem interessante.
No seu perfil do Soundcloud, a Virginia Man está classificada como uma banda de indie rock, porém eu digo que vai mais além . Acredito que eles sejam um também um rock, que tem leves, mas bem leves influências do country rock dito acima, com algumas nuances de folk rock. Para resumir: se você gosta de NEEDTOBREATHE, The Lumineers, Judah and The Lion, Jenny and Tyler, talvez você realmente vá interagir com o Virginia Man.
O tempo de estrada é curto: um single lançado em 2016, outro single lançado em 2017 e o álbum Let us Be também lançado ano passado. Mas é bem convidativo a primeira escutada. “Mud Tires” soa como um pedido de redenção em forma de Jam ao estilo Kumbaya. Divertido, eficiente e significativo.
Eu gostei de verdade e não espero nada que não fuja dessa pegada. Por mais que o “mercado” exija que haja sempre inovação, é relativamente bom encontrar uma bandinha/conjunto que segue a fórmula básica que dá certo. Se Switchfoot tivesse seguido esse conselho, né?