Come Wind: o que faltava entre o alternativo e o indie rock

Nessas eras de streaming não podemos negar: nunca o acesso a música esteve tão fácil e em tão grande quantidade como nos dias de hoje. A gama se estende tanto aos artistas mainstream quanto aos undergrounds, possibilitando que todos tenham um espaço de divulgação e notoriedade, muitas vezes merecido.

Assumo que, com certeza, minha melhor aquisição do ano passado foi a assinatura do Spotify Premium (olha o jabá) e aqueles loucos viciados em música que não conseguem ficar um dia sem escutar uma cançãozinha se quer, que o fone de ouvido esquerdo parar de funcionar é o pior pesadelo de todos, vão concordar comigo em gênero, número e grau.

Além do acervo imenso, que era de se esperar afinal você paga uma quantia mensal que te isenta do Subway do fim de semana (outro jabá), duas questões são mega sensacionais no streaming mencionado: artistas relacionados, muito utilizado em outras plataformas, e o “descobertas da semana”. E sem querer destrinchar muito esses dois pontos, ressalto que foi através de um deles, que me foge um pouco a memória agora, ainda votando um pouco no primeiro, que meus ouvidos foram agraciados com o som desses caras de Ohio.

Com um guitarrista que parece uma versão albina do Josh Garrels, um baterista que desistiu do Kaiser Chief’s e um lead singer que insiste usar uma touca de barra dobrada, o Come Wind é uma banda de quilometragem baixa de estrada. Presente desde 2008 no cenário musical cristão, eles têm apenas dois EP’s e um disco recentemente lançado no currículo, o Move in Place.

Com direito à uma nova roupagem de formação, lírica e de estilo, a banda consegue mesclar músicas com mensagens bacanas que abusam de criatividade poética, vide Mutiny, oscilando entre riffs de guitarras indies e baterias marcantes nas canções mais enérgicas e baladinhas que à primeira escuta você sabe que funcionam.

Achei interessante a presença de instrumentos não muito usuais, principalmente nas apresentações mais acústicas, como aquelas liras jog de fanfarra e pandeireta de meia lua. Acredito que isso serviu para atestar um pouco mais todo lance alternativo da banda. Eu como fã de rock alternativo e fã de Switchfoot, que pode ser considerada a segunda banda que mais abusou dos estilos nos últimos anos perdendo apenas para o Jars of Clay, aprovo e boto fé que muita coisa boa pode vir nos próximos trabalhos.

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Pra quem quiser conferir mais segue o site da banda e o link para o Spotify. Vale acessar também o canal deles no youtube que está bem bacana com direito a uma full session no Audiotree animal!

http://comewindband.com/