Primeiro: Não, esse título todo do artigo não é o nome da banda. Segundo: Sim, ELES TIVERAM A AUDÁCIA DE NOMEAR A BANDA COMO lotusbliss, SEM LETRA MAÍUSCULA! Com isso, irritando as pessoas que sofrem de TOC gramatical de pronomes pessoais. (Prazer, Gusta). Mas eu precisava ressaltar o fato de que a lotusbliss é composta por três irmãos, e veja, minha irritação é totalmente benéfica se analisarmos o conjunto da obra.
Eu literalmente consigo ser péssimo, quando quero, em introduções.
Falar sobre bandas compostas por irmãos é quase algo que faz parte da nossa rotina. Elesdois, Colony House, The New Respects e até mesmo a já extinta Barlow Girl são exemplos claros de que esse assunto é pano pra manga em nossa singela página.
E quando decidi falar sobre lotusbliss fui levado, além desse tópico “irmãos”, pela minha quase capotagem de inclinação para o indie rock “deprê” que tanto faz parte da minha vida sonora nos últimos anos. Confesso, o fator Josh Gauton também foi determinante e é por isso que vos escrevo esse AM Apresenta.
Josh Gauton. O britânico conceitual, líder do Worship Central e com trabalho solo que inclusive foi resenhado aqui, resolveu no melhor molde Aedes Aegypti sempre lançando algo novo (essa piada foi péssima), inovar mais uma vez e, junto com seus irmãos esculpidos em Carrara, criou a britânica lotusbliss.
Com apenas um EP com quatro canções lançado no último dia 21 de Fevereiro e com um título bem emblemático, A Good Death is a Beautiful Thing, a banda de irmãos se torna um prato cheio para o rock indie melódico, com nuances synth, totalmente atmosférico. E devo provavelmente creditar isso ao Josh, pois os acompanhantes do seu trabalho sabem bem como ele tende a trabalhar visualmente toda a sua música. Abençoado sejam os sinestésicos!
Sendo sincero, nada de brilhantemente ou inovador foi realizado, Foxing tem feito esse trabalho há alguns anos, mas devo reconhecer o esforço do trio em querer produzir com qualidade num terreno tão arenoso que é o terreno dos independentes e alternativos. Só isso já é garantia para ter os meus ouvidos e devo dizer que o timbre dos três é tão parecido que é instigante prestar atenção nessas nuances e em como isso encaixa na proposta da lotusbliss.
“Beautiful Monotone” foi lançado como primeiro single no ano passado e tem um clipe conceitualmente muito bacana e bem produzido. E o EP, correligionários, só tem 20 minutos, menos que um episódio de Brooklyn Nine Nine.
Dê aquela checada despretensiosa.