Não parece mas já se passaram 15 desde o lançamento de um dos álbuns do Emery que pode ser considerado um marco na história do screamo/emo/post hardcore cristão. Só que antes de continuar, quero te convidar a assistir a música “Walls” gravada 12 anos atrás em uma casa de shows qualquer onde o Emery se apresentava para umas dezenas de jovens dinâmicos super alegres e motivados que não viam problema em estourar uma bomba de farinha de trigo no meio do show e nem mesmo levavam em conta o risco de subir em cima da cabeça das pessoas no meio do mosh sem se preocupar em ter sua cabeça decepada pelo ventilador de teto. Acompanhe até o final do vídeo para entender do que estou falando.
Esse foi provavelmente o meu primeiro contato com o screamo e eu posso me lembrar muito bem de como isso me impactou positivamente. Eu, como um bom menino criado em igreja acostumado a ouvir Resgate, Stryper e Motification, não estava muito familiarizado com esses sub-gêneros do hardcore, eu não sabia o que era o tal do “emo” e também não imaginava que dava para fazer isso gritando no meio de vocais melódicos, de alguma forma esse vídeo me cativou e fez crescer uma curiosidade por mais bandas desse estilo que acabou dividindo ao meio minhas preferências musicais entre as bandas de Metal e as bandas de hardcore e afiliados.
The Weak’s End foi lançado no dia 27 de janeiro de 2004 pela Tooth And Nail que por essa época já estava arrebentando nas paradas lançando uma banda de sucesso por semana.
- “Walls”
- “The Ponytail Parades”
- “Disguising Mistakes with Goodbyes”
- “By All Accounts (Today Was a Disaster)”
- “Fractions”
- “The Note from Which a Chord Is Built”
- “Bloodless”
- “Under Serious Attack”
- “As Your Voice Fades”
- “The Secret”
The Weak’s End não é o meu álbum favorito do Emery, mas é sem dúvidas um álbum que merece ser destacado tanto por sua relevância no cenário cristão e secular tanto pela sua qualidade no tocante às letras e melodias. É aquele álbum que precisa ser introduzido em quem está chegando agora no mundo das bandas cristãs alternativas como para aquele que está aqui desde sempre e agora está curioso e aberto a novas experiências musicais. Esse trabalho pode ser tomado como uma porta de entrada para os demais trabalhos da banda já que desde o princípio já demonstra os traços marcantes da sonoridade e criatividade retratados em todos os demais discos.
Por fim, se você chegou até aqui, deixo o clipe da música mais conhecida desse álbum que foi apresentada no começo do post de maneira mais “roots” mais pra sentir a vibração do que era o Emery naquela época, com vocês “Walls” que é tipo a 5:50 AM pro Resgate, tem que tocar todo show.