Falar de música internacional sempre foi uma zona de conforto pra mim. Reveja minhas postagens desde quando entrei para o time e conclua por si só que a quantidade de resenhas internacionais dão de 10 a 0 nas nacionais. Isso vale também para a diversidade de música que tenho em meus dispositivos.
Mas olha só: tive dificuldade pra criar essa lista. Me percebi em uma vibe tão nacional nesse ano que passou, que quase interpretei isso de uma maneira errada. De qualquer forma, tivemos bons lançamentos e alguma novidades bem interessantes. E só para refrescar a sua memória, novamente falamos sobre canções e não álbuns.
Representando o folk melhor do que ninguém, o Deluxe Edition do sensacional White Flag do Branches possibilitou o lançamento de “Thief in the Night”. Longe de questionar a escolha, mas sabe aquelas músicas lançadas logo após o lançamento oficial que você sempre se pega pensando: “por que ela não foi incluída ao invés daquela outra não assim tão bacana?”. É o caso dessa canção, mas veja bem, não estou dizendo que as outras são ruins, tudo certo?
Sempre fui da vibe de preferir o primeiro: o primeiro Digimon, o primeiro filme Pânico, a primeira temporada de Stranger Things, e o mesmo vale para o Jason Barrows. Mesmo sendo injusto comparar um EP com apenas um single, Islands of My Soul tem um lugar guardado em meu coração. Mas nada impediu que “Never Forget” entrasse para lista e ganhasse uma postagem própria no ano passado. É um excelente trabalho que, para os amantes de John Mark McMillan, é quase que um deleite. Vida longa ao Jason Barrows!
Se intitular um conjunto que mistura Hip Hop, Folk e Rock é para poucos, muito embora essa lição o Judah and The Lion tenha gabaritado há bastante tempo. Com o Deluxe Edition do álbum que havia sido lançado em 2016, a banda trouxe essa pérola que é perfeita para um jam na fogueira. A mensagem é muito bacanosa e o clipe um baita show à parte. Rend Collective Experiment que se cuide!
Aos poucos eu tenho me tornado menos preconceituoso com música e alguns estilos que outrora eu batia o pé, hoje posso dizer que tive precursores que me auxiliaram. E quando se trata de Worship Music, o United Pursuit tem um lugar guardado no meu coração. O penúltimo disco “Simples Gospel” deles é simplesmente fantástico. Mas no começo do ano passado eles lançaram o Tell All My Friends e destaco “Not in a Hurry” como a música mais marcante. A presença do Will Reagan e do Michael Ketterer auxiliam muito essa colocação.
Podem dizer o que for, mas a Tooth and Nail continua sendo um berço para novas bandas e artistas e anda lado a lado com o conceito de qualidade. O pessoal do Hearts like Lions manda super bem quando o assunto é passear entre o alternativo e o post-hardcore. No disco lançado esse ano, cito “Pretty Little Phase” como uma das letras mais marcantes do álbum, acompanhada até de um lyric video polêmico. Não tão polêmico assim, vai.
Essa foi definitivamente a última música que encaixei no Top10 Internacional. Nosso excêntrico rapper NF lançou em meados do ano passado o disco Perception recheado de pérolas que o consagram como um dos rappers mais talentosos da atualidade. Aliás, eu gostaria de entender a facilidade que esse “mano” tem de lançar clipes, pois por disco ele consegue produzir mais de cinco vídeos. Fiquei dividido entre “Let You Down” e “Outcast”, mas mesmo NF mostrando toda a versatilidade como cantor na primeira, a faixa escolhida para essa listagem mostra todo o grave que a música dele pode proporcionar.
Essa foi a mais grata surpresa do ano. Essa banda de nome nada subjetivo apareceu mais uma vez nas indicações sensacionais que o Spotify sempre me indica. Misturando rock alternativo com uma pitada bem leve de southern rock, o Virginia Man trouxe um frescor que há tempos eu não presenciava nesse cenário. O único EP lançado é uma ótima pedida e fica aqui um juramento: irei resenhar sobre eles qualquer dia desses.
3. You’re The Best Thing About Me
Falar de U2 é algo que demanda muito menos tempo e muito menos experiência em qualquer âmbito musical que se exija. Eles são um clássico em forma de conjunto musical e a cada lançamento é uma expectativa. Sei que as críticas e opiniões sobre esse Songs of Experience estão bem divergentes, mas o jam dessa canção é algo tão bom desde “Vertigo” que não consigo não pontuá-la nessa lista.
Michael Ketterer sempre foi uma variável interessante pra mim. Nunca entendi muito bem por qual segmentação ele andava pelas músicas solos, mas sempre o admirei pela extensão vocal e, por praticamente quase todas as minhas músicas favoritas do United Pursuit, ele fazer uma ponta (não passe por essa vida sem escutar Seasons Change). Ainda bem que de forma despretensiosa e silenciosa no final do ano de 2017, ele lançou um EP recheado de demonstração de barítono e de canções interessantes e que valem a checada.
Colony House está mais que decretado: uma banda dessas, bicho! Por mais que Only The Lonely tenha sido lançado em 2017, You and I que é minha canção favorita do disco, já havia sido solta em forma de single nas plataformas digitais em 2016. Isso faz com que eu não inclua ela aqui e faça essa substituição magistral por a tão boa quanto “Where Your Father’s Been”. Com direito a uma pegada bem U2, ela pode ser considerada a melhor baladinha que compõe o álbum.
Foi muito interessante discutirmos o top 10 2017 de cada editor. Ainda com expectativas altas para 2018.